PLANO DE AULA - FOTONOVELA

A estrutura composicional do gênero Fotonovela

Dados da Aula

O que o aluno poderá aprender com esta aula
Elaborar uma narrativa com imagem e texto, contendo os elementos que compõem uma fotonovela.
Apresentar e analisar os tipos de personagem como um elemento essencial da narrativa.
Diferenciar discurso direto de indireto e conhecer as características de cada um deles.
Desenvolver habilidades de descrição, análise e interpretação de imagens (textos não verbais).
Avaliar a relação entre o texto visual e o contexto de produção da imagem.

Duração das atividades

4 aulas geminadas (1 hora e 40 minutos) - 6 horas/aula ou 360 minutos
Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno
É preciso que o aluno:
. Diferencie texto-verbal de texto não-verbal, conhecendo as características de cada um.
. Faça o uso adequado do dicionário, coletando sinônimos para ampliação vocabular.
. Conheça a estrutura e as características de um texto narrativo; faça uso da internet e das ferramentas que ela oferece para utilização;
Estratégias e recursos da aula

Aula 1

Professor,
Converse com seus alunos sobre a capacidade que todos têm em contar histórias a todo o momento. Contamos o que nos acontece, o que assistimos, enfim, participamos aos outros, relatos inventados ou não. Narrar é uma atividade diária. Ao narrarmos, imaginamos as cenas, as ações, os fatos como imagens de um filme ou de fotografias.
Pois bem, a fotonovela é uma forma bem particular de contar uma história; é uma forma que mistura quadrinhos, novela e fotografia.
As histórias contadas pelas fotonovelas são bem divertidas: têm romance, ação e muito drama! Quando olhamos para elas, logo percebemos: as fotonovelas se parecem com as histórias em quadrinhos, mas em vez de desenho, elas são feitas de fotografias. Podemos ver nelas balões, imagens e histórias contadas em sequência de quadros. No entanto, fotonovela não é uma história em quadrinhos. Apresente aos alunos alguns exemplos:

http://www.fnt.org.br/fotos/tristao_isolda/13.jpg
http://www.youtube.com/watch?v=qINa0SwVKaY

As fotonovelas, em geral, têm uma temática mais específica: falam de romances, dramas e amores impossíveis. Elas também se parecem com as novelas que a gente assiste na televisão e, no entanto, elas não são telenovelas. Elas são fotonovelas.
Afinal, o que é fotonovela? Elas têm alguns pontos semelhantes com os gibis e com as novelas de televisão. Mas existem outros aspectos que fazem das fotonovelas um gênero bem diferente e divertido de narrar histórias. Desde a sua criação, as fotonovelas envolviam intrigas sentimentais. Por isso, as personagens vivem sempre entre o bem e o mal (o herói e o vilão); a heroína é quase sempre de origem humilde, sonha em mudar de vida e passa por inúmeros obstáculos causados pelo vilão para, no final, cair nos braços do seu herói.
Apresente a sequência de slides a seguir de uma fotonovela quadro a quadro. Assim, os alunos poderão visualizar melhor o texto e as imagens.

http://www.quata.com.br/novela.htm

Após a exibição, peça aos alunos que enumerem por escrito as características de cada personagem, o conflito da narrativa, o espaço onde tudo acontece e o tempo da narração. Além disso, o tipo de linguagem e de vocabulário que são utilizados nos diálogos.
Ouça as impressões dos alunos em relação à fotonovela. Elabore um texto coletivo com eles sobre as conclusões das observações feitas por escrito na atividade anterior. Coloque-o em exposição no mural da sala de aula e também crie uma web fólio, para constar todas as etapas e atividades realizadas dessa sequência didática. Assim, cada aluno poderá postar as tarefas feitas.
Em Recursos Complementares, há uma indicação de um site que pode ajudá-lo e orientá-lo ao fazer a web folio.

Aula 2

Professor,
Divida os alunos em grupos para a criação de uma fotonovela.
As histórias criadas para as fotonovelas devem ter como tema central as intrigas sentimentais, os amores impossíveis.
Peça para que os grupos pensem inicialmente no enredo da história, sem esquecer suas partes:
1. Apresentação
2. Conflito ou Complicação
3. Clímax
4. Desfecho
http://www.brasilescola.com/redacao/construcao-enredo.htm
Com o enredo escrito, há a possibilidade dos alunos-autores imaginarem melhor a história para a criação da fotonovela.
É importante também que os grupos escolham as personagens e tracem seus perfis (físicos e psicológicos). Para organizar melhor esse registro, entregue à cada grupo um quadro a ser preenchido. Veja um modelo que você, professor, pode alterá-lo de acordo com seus alunos:

Personagem 1
Nome:________________________________
(se quiserem vocês podem criar um nome dramático. Alguns nomes duplos funcionam bem: Renato Augusto, Rogério César, Maria de Fátima, Márcia Aurora. Virgínia Cristina etc.)
[ ] tímido [ ] violento [ ] distraído [ ] extrovertido [ ] pacífico [ ] detalhista [ ] corajoso [ ] esperto [ ] romântico [ ] covarde [ ] ingênuo [ ] realista
Outros: nesse espaço o aluno pode criar outras características psicológicas se ele achar necessário.
Personagem 2
Nome:_______________________________________
(se quiserem vocês podem criar um nome dramático para esse personagem também.)
[ ] tímida [ ] violenta [ ] distraída [ ] extrovertida [ ] pacífica [ ] detalhista [ ] corajosa [ ] esperta [ ] romântica [ ] covarde [ ] ingênua [ ] realista
Outros: nesse espaço o aluno pode criar outras características psicológicas se ele achar necessário.

Agora, a partir das características anteriormente selecionadas, descrevam o(s) herói(s) e o(s) vilão (vilões) usando um outro quadro. Descreva as personagens com características opostas e bem marcantes as quais definem o drama vivido por elas. A oposição não se resume a ser triste ou alegre, pode ser qualquer outra.
HERÓI(S) - HEROÍNA(S) VILÃO(S) - VILÃ(S)

É importante pensar onde serão fotografadas as cenas da sua fotonovela.
Antes de fotografar, é preciso que os alunos definam muito bem as características do local fotografado.
Por exemplo: o pátio da escola, uma praça, a sala da casa de alguém. Como é esse lugar: sujo, limpo, arrumado? Quais são os objetos necessários para compor uma cena que represente esse lugar: carteira, lousa, mesa; almofadas, cadeiras, mesinha de telefone...

Enfim, peça para seus alunos registrarem as escolhas:
Quais serão os espaços fotografados? E como representá-los fotograficamente? Quais são os objetos necessários para representar o cenário desejado?

Aula 3

Professor,
É o momento do planejamento, da construção gráfica da fotonovela, da transformação da história criada em quadros, com diálogos e pouca descrição. Ao elaborarem os diálogos, reveja com os alunos as características do discurso direto em contraposição ao discurso indireto e da pontuação e de outros recursos utilizados.
http://www.algosobre.com.br/redacao/discurso-direto-e-indireto.html
Antes mesmo de criar a fotonovela, fotografar e inserir os diálogos, peça para os alunos fazerem uma storyboard que servirá como norteador dessa produção. Há no Portal do Professor uma aula de minha autoria que explica melhor como se faz uma storyboard. Acesse-a:
http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=19941
Lembre-se que todas as fases das aulas devem ser postadas na Webfolio e colocadas no mural da sala de aula. Antes disso, seria fundamental se as ideias fossem socializadas entre os grupos. Cada grupo veria o trabalho dos outros e poderiam, inclusive, propor alterações ou sugestões para a melhora dos mesmos.

Aula 4

Professor,
Agora é só diversão! É o momento de fazer a Fotonovela como produto final.
Os alunos só têm de seguir o storyboard criado e fotografar. É preciso que eles não se esqueçam dos figurinos e do cenário.
Cada grupo deve combinar onde e quando vão se encontrar para fotografar. Todos devem participar, seja como personagens que serão fotografados, seja como fotógrafo – que deve cuidar dos planos – seja como figurinista, maquiador, cenógrafo ou diretor. As fotos podem ser feitas com a ajuda de um celular ou de uma máquina fotográfica digital ou analógica.
Leve os alunos ao laboratório de informática e em seguida, os alunos deverão passar para o computador ou revelar as fotos e montar a sua fotonovela.
Para montar sua fotonovela digitalmente no Word ou no PowerPoint:
1. Selecione uma imagem para abrir no Word ou no PowerPoint:
2. Com a fotografia já inserida no documento, crie uma moldura para a imagem. (se a foto for de uma máquina analógica, digitalize a imagem anteriomente)
3. Regule o tamanho da imagem fotográfica de acordo com a moldura retangular.
4. Faça o balão de diálogo
5. Regule o tamanho dos balões de acordo com o tamanho do texto de cada fala. E, por fim, escreva o diálogo dentro do balão.
Caso os alunos não tenham acesso a um laboratório de informática, eles também podem fazer a fotonovela manualmente, seguindo os passos a seguir:
1. Revele as fotografias.
2. Cole-as em um papel grosso (canson ou cartolina).
3. Desenhe em torno das fotografias uma moldura retangular (quadros).
4. Desenhe os balões de diálogo.
5. Escreva as falas dentro dos balões.

Os grupos também podem transformar a fotonovela criada em um video com as imagens e os diálogos, como no exemplo a seguir:

http://www.youtube.com/watch?v=qINa0SwVKaY&feature=related

Reúna as fotonovelas criadas pelos grupos e com o auxílio dos alunos, crie uma revista, tal era feita no passado para a divulgação e circulação das fotonovelas. Peça que escolham um nome para a publicação e no editorial da revistal, professor, escreva-o e explique o processo do trabalho realizado com a sua turma. A revista pode ser digital também. Disponibilize o link da Webfólio e divulgue a revista digital no site da escola, caso tenha.
Promova a divulgação da revista e de todo o trabalho. Não se esqueça de convidar a comunidade escolar e a mídia da cidade para conhecerem e registrarem esse momento. O trabalho com a fotonovela pode ser feito em todas as áreas do conhecimento com os mais variados temas.

Recursos Complementares

Eis algumas sugestões de links para o enriquecimento das aulas:

http://www.vivenciapedagogica.com.br/webfolio.html

Sobre Webfolio: considerações e aplicabilidade

http://www.fcsh.unl.pt/invest/edtl/verbetes/F/fotonovela.htm

Informações, características e histórico da Fotonovela

http://pcworld.uol.com.br/dicas/2009/03/10/fotografia-regras-basicas-para-a-composicao-de-boas-imagens/

Dicas de como fazer um bom enquadramento fotográfico

http://www.youtube.com/watch?v=srHTmKmGeVE

Vídeo explicativo de como fazer uma revista digital

Avaliação

Professor,
Esta proposta desenvolvida permite que seja observado como está o desenvolvimento do aluno/turma. Pode-se avaliar, no processo, o desempenho do aluno quanto à capacidade de produção oral e escrita, as estratégias de pesquisa, a criatividade na seleção de recursos utilizados nas fotonovelas, a sua capacidade de ler, de selecionar, de relacionar, de sintetizar e de produzir novos textos, entre outros.
Em termos atitudinais, avalia-se a maturidade do aluno acerca da aceitação do papel designado a ele e desempenhado por ele na criação da fotonovela.

Referências: http://portaldoprofessor.mec.gov.br/index.html

3a. Mostra A Cena da Cidade

A CENA OCUPA A CIDADE

Programação do evento, que acontece entre os dias 17 e 26 de setembro, engloba espetáculos teatrais, música, lançamento de livro, intervenções urbanas, ensaios, trailers de peças inéditas e até um painel de negócios

Depois de três anos de intensa atividade, envolvendo encontros entre artistas, ensaios, apresentações de processos de trabalho, oficinas e espetáculos, o projeto A Cena da Cidade, encampado pelo IBAM (Instituto Brasileiro de Administração Municipal), expande seu território, toma as ruas da cidade e dá ênfase ao painel de negócios em parceria com o SEBRAE. “São nossos dois grandes eixos: a ocupação da cidade e os negócios,” lança a idéia como plataforma o gestor cultural do IBAM, Felippe de Rosenburg. “Este ano, queremos que todos façam parte desse movimento, onde juntamos nossos talentos, sem fronteiras entre as manifestações criativas, o planejamento do trabalho e suas formas para acessar os diversos públicos que vivem e consomem cultura na cidade do Rio”, garante.
A Mostra ocupa as ruas de Copacabana e da Lapa com vários grupos parceiros de A Cena da Cidade, como o Teatro de Anônimo, Brecha Coletivo e o coletivo A Palavra da Periferia; o Teatro Gláucio Gil, com as atrações de abertura – lideradas pela estréia da montagem de Quartett, totalmente reciclado pelos venezuelanos do Teatro Del Contrajuego – e na sede no IBAM Cultural, no Humaitá, onde acontecem várias apresentações e estréias durante os dias da Mostra, culminando com um painel de negócios culturais.
A Cena da Cidade começou como um movimento despretensioso gerado pela necessidade de aproximação entre os profissionais de teatro do Rio, pela carência de diálogo entre eles e pela curiosidade em mapear os trabalhos/propostas. A parceria com o IBAM, que possui um prédio e um projeto destinado à cultura foi fundamental. O IBAM Cultural albergou o projeto e hoje A Cena da Cidade funciona com o suporte de um teatro para 220 pessoas e duas salas, que tanto são usadas para apresentações como para os ensaios, seminários, reuniões, além da sala de produção e do site (www.acenadacidade.com.br). E a Mostra nada mais é do que um panorama do trabalho realizado durante todo o ano nesta usina de produção teatral. “Desde 2007, o foco d’A Cena da Cidade tem sido o diálogo entre os processos de criação, os meios de produção, o público e a cidade. Na 3ª Mostra, esta trajetória aparece com clareza no nosso mapa de encontros: dramaturgos contemporâneos, livros que entram em cena, músicas que contam histórias, painel de negócios culturais, circo e tecnologia, máscaras balinesas, palhaçaria, a rua é palco, o palco é nossa casa. E a casa do teatro é o mundo. Dele, para nossa cidade e com ela, trazemos para a programação, pela primeira vez, a cena de outras fronteiras. Com o Teatro del Contrajuego e seu premiado “Quartett”, do alemão Heiner Muller, encontramos a Venezuela n’A Cena da Cidade. De São Paulo (e Londrina, oras!), Mário Bortolotto traz sua voz rascante em música e poesia. Do Rio, somos mais de 40, com falas de muitas cenas. Com vista panorâmica, A Cena da Cidade pretende ser cada vez mais um mapa de territórios diversos e parcerias criativas,” conta Natasha Corbelino, idealizadora e coordenadora artística d’ A Cena da Cidade. “Nosso pressuposto é ser um projeto gerido por artistas de intercâmbio e circulação de idéias, trabalho e conhecimento, onde a continuidade do diálogo seja ferramenta para iniciativas que atendam às demandas coletivas com a presença permanente da cena nas atividades da cidade.”
É com esse intuito que o painel de negócios apoiado pelo SEBRAE apresenta para empresas e profissionais interessados, os produtos e serviços artísticos utilizados nas criações geradas pelos integrantes e parceiros do projeto A Cena da Cidade: brandings culturais, franquias em exposições e formatos divertidos e interativos. “O Estúdio Eletrônico do DJ MAM e a Cirkus Interativus participam com apresentações artísticas e depois fazem uma apresentação corporativa demonstrando seus produtos e serviços culturais, tecnologia desenvolvida, etc. O Ricardo Blat apresenta sua peça O Amor é Lindo e no painel de negócios participa com palestra sobre administração de talentos”, explica de Rosenburg.

PROGRAMAÇÃO


ESPETÁCULOS:

Abertura da Mostra – dia 17.09 – sexta – Teatro Gláucio Gil às 21 h => ESTREIA
“Quarteto” (Quartett), de Heiner Muller, com Teatro Del Contrajuego (Venezuela)
Texto: Heiner Müller. Direção: Orlando Arocha. Elenco: Ricardo Nortier e Diana Volpe. Classificação: 14 anos. Preço: R$20,00 (inteira) e R$10 (meia)
Sinopse - o espetáculo “Quarteto” é um Texto do famoso dramaturgo alemão Heine Müller produzido pelo “Teatro Del Contrajuego” e dirigido por Orlando Arocha. O lugar: uma mistura de salão francês anterior a Revolução e um bunker da terceira Guerra Mundial. O momento: um presente enfático. Quarteto se serve dos personagens das relações perigosas para falar sobre os limites da consciência humana e os termos de sua destruição. Quarteto é também uma feroz crítica ao poder, ao qual parodia e desconstrói em um delirante jogo de substituições, com implicações ontológicas desastrosas e cômicas ao mesmo tempo.

Dia 18/09 – sábado – no Teatro Gláucio Gil às 19 h.
“Vazio É O Que Não Falta, Miranda”, de Diogo Liberano.
Direção e dramaturgia – Diogo Liberano. Criação, dramaturgia e atuação – Adassa Martins, Helena Cantidio, Fabíola Sens e Flávia Naves. Classificação etária: 16 anos. Duração: 60 min. Preço: R$10,00 (inteira) e R$5 (meia)
Sinopse: Uma reflexão sobre o ato de criação de uma peça de teatro. Tanto o elenco como o diretor estão em cena, atados numa busca ininterrupta por aquilo que já se encontra ante ao espectador: o próprio espetáculo.


Dia 18/09 – sábado – no Teatro Gláucio Gil às 21 h.
"Homens Gordos de Saia", de Nicky Silver.
Texto: Nick Silver. Direção: Direção: Morena Cattoni. Elenco: Daniel Chagas, Marcéli Torquato, Natasha Corbelino e Zeca Carvalho. (Classificação etária: 16 anos. Duração: 90 min. Preço: R$20,00 (inteira) e R$10 (meia)
Sinopse: Escrita em 1988, HOMENS GORDOS DE SAIA é uma peça de um humor ácido em três atos. Trata da fragilidade humana em situações-limite. Mãe e filho, após 05 anos em uma ilha deserta, sobreviventes de um acidente de avião, voltam à civilização, completamente transformados. Com uma escrita feroz, a peça trata do encontro do homem com sua natureza primitiva, a partir de universos variados: solidão, bestialização humana, decadência, todos com humor e ousadia, provocando uma reflexão sobre a condição do homem, os elos familiares, o ciclo de vida e morte.
OBS.: “Vazio É O Que Não Falta, Miranda” e "Homens Gordos de Saia" são peças de grupos integrantes do coletivo A Cena da Cidade que estarão em cartaz desde o início do mês, mas fazem sessões a preços especiais na Mostra (todos pagam meia entrada neste dia para as 2 peças). Além disso, quem assistir a um dos 2 espetáculos não paga entrada para a programação das 23h, e ganha passe livre para os outras apresentações da Mostra, no IBAM.

Dia 19.09 – domingo - na Sede de A Cena da Cidade (IBAM Cultural, Salão Vermelho) às 20 h => ESTREIA
"O Amor é lindo", monólogo de Ricardo Blat
Texto e direção: Rogério Blat. Elenco: Ricardo Blat. Classificação: 16 anos. Duração: 70 min. Preço: R$10,00 (inteira) e R$5 (meia)
Sinopse: “O AMOR É LINDO” é uma comédia que aborda a eterna procura da felicidade no casamento. Quando o romance, a idealização do ser amado, a fidelidade e a longevidade da relação se confrontam com a realidade cotidiana, surge outro cenário onde a avaliação da união, segundo os interesses de cada um, prevalece. Com humor irreverente, acompanhamos um relacionamento que se esvai por detalhes insignificantes. Dirigida pelo autor Rogério Blat, o espetáculo é uma radiografia da vida de um casal na contínua busca de um amor que valha pena. O AMOR É LINDO inova pelo formato com Ricardo Blat interpretando o marido e a esposa, numa performance que atesta sua imensa capacidade artística consagrada no teatro, na TV e no cinema.


Dia 24/09 – sexta - na Sede de A Cena da Cidade ( IBAM Cultural, Salão Vermelho.)às 21h.
Quarteto (Quartett) com o Teatro Del Contrajuego (Venezuela). Preço: R$20,00 (inteira) e R$10 (meia)

Dia 25/09 – sábado - na Sede de A Cena da Cidade ( IBAM Cultural, Salão Vermelho.)às 21h => ESTREIA
“Mulheres de Caio”
Direção: Delson Antunes. Elenco: Linn Jardim, Paula Guimarães, Patrícia Elizardo, Bruna Spinola, Rhavine Crisphim, Carol Fazu, Joana Gervais e Larissa Sarmento. Classificação etária: 18 anos. Duração: 70 min. Preço: R$10,00 (inteira) e R$5,00 (meia)
Sinopse: Mulheres de Caio é um espetáculo teatral sobre o universo feminino do escritor Caio Fernando Abreu. São quatro histórias que se cruzam, O Príncipe Sapo, Creme de Alface, Os sobreviventes e A Dama da Noite, todas protagonizadas por mulheres. São 4 facetas do feminino na sociedade contemporânea, os anseios, contradições, esperanças e frustrações de um mundo visto com o humor cru e visceral do autor gaúcho.


A CENA NA NOITE:

Trailers ao vivo de espetáculos com projeções e DJ, no Café do Teatro Gláucio Gill, nos dias 17.09 e 18.09, 23h. Um pocket com 20 minutos dos melhores momentos de espetáculos que ainda vão estrear. Encerrando a programação, Estúdio Eletrônico com DJ MAM com direção de Vinícius Arneiro. Classificação etária: 16 anos. Duração total: 90 min. Preço: R$5,00 (inteira), R$2 (meia) e GRÁTIS para quem assistir aos espetáculos do horário nobre nos dias 17 e 18 de setembro.

Dia 17.09 – sexta – no Café do TGG às 23h30 - "Cartas de Amor", direção de Flávio Graff e Emílio de Mello, com Dedina Bernardelli e Fernando Alves Pinto e "A Inevitável História de Letícia Diniz”, de Marcelo Pedreira, com Rosanne Mulholland e Saulo Rodrigues.

Dia 18.09 - sábado - no café do TGG às 23h30 “Guia Afetivo da Periferia”, de Marcus Vinicius Faustini. “Cirkus Interativus”, Súbita Cia, Coletivo “Monte de Gente” e banda.


PROGRAMAÇÃO GRATUITA:

DESTAQUE:
Painel de Negócios Culturais, parceria com SEBRAE
Quar 22.09 e quin 23.09, das 11h as 19h, no IBAM Cultural, Humaitá

Processos de criação (Classificação etária: 12 anos): “Musas”, de Nestor Caballero e “Na lona”, com As Comediantes, direção Fabianna de Mello e Souza, no dia 17.09, às 19h, no Café do Teatro Gláucio Gill => GRÁTIS.

Intervenções urbanas (Classificação etária: livre):
a. Brecha Coletivo, na Praça Cardeal Arco Verde, nos dias 17. e 18. 09: 23h => GRÁTIS
b. Teatro de Anônimo, na feira livre em frente ao Teatro Gláucio Gill, no dia 18.9 às 12h. Participação de Renata Sorrah, Marco Nanini, e artistas membros do coletivo A Cena da Cidade => GRÁTIS
c. Zimba na praça, na Praça do Teatro Ziembinsky, em frente ao metrô São Francisco Xavier, no dia 19.09 às 10h30. Ocupação do Grupo Milongas junto com a Orquestra de Palhaços.
d. A Palavra da Periferia - sob coordenação do diretor e ativista cultural Marcus Vinicius Faustini destaca a dimensão poética das ruas e suas novas escritas urbanas com coletivo de artistas membros d'A Cena da Cidade – dia 26.09, às 10 h, nas ruas da Lapa => GRÁTIS

Ensaio aberto espetáculo "Igual a Você” (Classificação etária: 14 anos), com Camila Morgado, Bia Nunes e Anderson Müller. Direção: Ernesto Piccolo, no dia 20.09, 21h, no IBAM Cultural, Teatro => GRÁTIS

Lançamento do novo livro de Mário Bortolotto, "Um bom lugar pra morrer", com show da banda "Saco de Ratos" (Classificação etária: 14 anos), no dia 21.09 às 20h. Show às 21h, no IBAM Cultural, Teatro => GRÁTIS

Falando na cena: Camilla Amado e amigos das artes conversam sobre a cena na cidade, no dia 21.09 às 19h, no Ibam Cultural => GRÁTIS
Painel A Cena do Drama (Classificação etária: livre): Rodrigo Nogueira, Felipe Barenco e outros, na Sede de A Cena da Cidade, no dia 22.09, 19h, IBAM Cultural, Salão Vermelho => GRÁTIS


Facedrama (Classificação etária: livre): dramaturgia coletiva online: coordenação Coletivo Monte de Gente, dia 22.09, 21h, IBAM Cultural => GRÁTIS (traga seu computador)


IBAM CULTURAL:
Largo IBAM, nº 1, Humaitá (Rua Visconde Silva, em frente ao Restaurante A Mineira)
Lotação: Vermelho = 60 pessoas, Teatro = 220 lugares
Retirada de senhas 1 h antes de cada espetáculo.
Tel 25369843
Estacionamento no local

TEATRO GLAÚCIO GIL
Praça Cardeal Arcoverde, Copacabana
Lotação: Café = 80 lugares
Retirada de senhas às 18h.
Tel. 2332.7904

EXPOSIÇÃO HÉLIO OTICICA

ANIMA MUNDI 2010

Rio de Janeiro
Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB)
Rua Primeiro de Março, 66 - Centro

Informações: (21) 3808-2020

Horário de funcionamento: 10h às 21h

Ingresso: R$ 6,00 (meia entrada R$ 3,00)

Sessões gratuitas:

Infantis, AnimaTV e Futuro Animador - retirada de senhas somente no dia da sessão com 1 hora de antecedência

Cinema Odeon BR
Praça Floriano, 7 - Centro

Informações: (21) 2240-1093

Horário de funcionamento: 12h às 20h

Ingresso: R$ 6,00 (meia entrada: R$ 3,00) - Vendas por dia, a partir da abertura da bilheteria

Centro Cultural Correios
Rua Visconde de Itaboraí, 20 - Centro

Informações: (21) 2253-1580

Horário de funcionamento: 11h30 às 19h30

. Sala de Cinema

Entrada Franca - Classificação Livre -

Sessões Futuro Animador - As sessões são exibidas ininterruptamente, sem retirada de senhas

. Praça Animada - Praça dos Correios

Ingresso: R$ 6,00 (meia entrada: R$ 3,00)

Vendas de ingressos: Bilheteria do CCBB - Vendas antecipadas para todos os dias

Casa França-Brasil
Rua Visconde de Itaboraí, 78 - Centro

Informações: (21) 2332-5121

Horário de funcionamento: Estúdio Aberto: Ter a Dom 13h às 19h - Entrada Franca

Unibanco Arteplex Botafogo
Praia de Botafogo, 316 Térreo - Botafogo

Informações: 2559-8750

Horário de funcionamento: 12h às 22h

Ingresso: R$ 6,00 (meia entrada: R$ 3,00) - Vendas por dia, a partir da abertura da bilheteria

Oi Futuro Flamengo
Rua Dois de Dezembro, 63 - Flamengo

Informações: (21) 3131-3060

Horário de funcionamento: 11h30 às 15h30

Ingresso: R$ 6,00 (meia entrada: R$ 3,00)

Vendas por dia, a partir da abertura da bilheteria

Oi Futuro Ipanema
Rua Visconde de Pirajá, 54/3º andar - Ipanema

Informações: 3201-3010

Horário de funcionamento: 13h30 às 15h30

Ingresso: R$ 6,00 (meia entrada: R$ 3,00)

Vendas por dia, a partir da abertura da bilheteria

São Paulo
Fundação Memorial da América Latina
Av. Auro Soares de Moura Andrade 664 - Barra Funda

Informações: (11) 3823-4600

Horário de funcionamento: 11h às 24h

Ingresso: R$ 6,00 (meia entrada R$ 3,00)

Vendas antecipadas para todos os dias

Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB)
Rua Álvares Penteado, 112 - Centro

Informações: (11) 3113-3651, 3113-3652

Horário de funcionamento: 10h às 20h

Ingresso: R$ 6,00 (meia entrada R$ 3,00)

Vendas antecipadas para todos os dias

TEATRO NAS FÉRIAS DE JULHO / 2010

A respeito da educação contemporânea - Márcia Tomobe

Rio de Janeiro, 01 de Julho de 2010


Hoje, mais do que em qualquer outra fase da minha vida, chego a uma conclusão caótica: a educação está em fase de deterioração.
Não que eu deixe de praticá-la ou orientar meus alunos de forma a questionarem ou simplesmente tornarem-se passivos as mesmas orientações, mas o que eu lembro enquanto EDUCAÇÃO, no sentido literal da palavra, é um conjunto de raízes múltiplas que se ordenam ou não com o tempo, com as vivências, sucessos ou frustrações que recebemos no decorrer das nossas vidas. A EDUCAÇÃO... é aquela que recebemos em casa, na esquina, com os amigos, na escola, na academia, no estádio ou na praça e sem esse assunto demorado de que se ensina em casa e ponto final, mas respira-se o tempo todo mirando-se em exemplos vivos como nossos pais, amigos, professores, atores e atrizes preferidos. Por que não?
Vejo com maus olhos os filhos que possuem um acesso exagerado as tecnologias que os fazem mais acomodados e omissos de suas responsabilidades (sem generalizar, pois é complexo, cada um é de um jeito), mas o impasse não está somente em casa, pois tenho filhos também e sei que a dificuldade maior não está em lá, nem na escola, nem no futebol ou na T.V. É bem maior... É a falta de motivação por possuírem tanto acesso livre a essas imagens e produtos, a cada desculpa de sargento alegando que o local “X”, onde fulano morreu já existe um “efetivo” constante ou que a propaganda do produto “Y” faz efeito através de imagens, músicas e frases.
Então pensei: quando vamos a um fast-food, o hambúrguer está tão lindo, com cores vibrantes e só falta sair a fumacinha em 3D! Só que na hora de abrir a caixinha vermelha e amarela (propositalmente para induzir o prazer de comer), eis o famigerado todo estranho, torto, com o queijo mais que derretido e a carne sem as marquinhas da grelha...mas... mesmo assim comemos, pois é cheiroso e saboroso, mesmo sabendo que existem altas cargas de colesterol ruim, de carboidratos, de pedaços de carne mais que trituradas, nós comemos!
Eis o mundo radiante e ilusório dos adultos: levamos gato (sem pedigree) por lebre onde o caminho é feito de tijolos amarelos com base nas pedras quentes...
Então chego a uma opinião: como vamos educar se nós produzimos e consumimos um mundo contemporâneo cheio de contradições? Eles vêem um mundo jovem, musical, magro e colorido onde tudo é bom! Nós oferecemos este mundo onde nós mesmos criticamos e continuamos a produzir de geração em geração.
As salas de aula são espaços para o conhecimento e independente de altas tecnologias é saber chegar ao mundo das crianças e adolescentes para depois chamá-los e não é a mesma situação que educar! EDUCAÇÃO é feita em casa, na esquina, com os amigos, pais, atores prediletos e na escola existe um trabalho para ORIENTAÇÃO, EXPOSIÇÃO DE PROBLEMAS, TENTATIVA DE COMPREENSÃO E RESOLUÇÃO DAS MESMAS E ESPAÇO PARA VIVER EXPERIÊNCIAS, pois é tudo o que eles vivem (ainda sem se dar conta ou para os mais sensíveis que compreendem tudo que se dão conta e mais um pouco) e do que ainda vão viver do lado de fora, no bairro, nas metrópoles, no mundo...
A educação depositária morreu e ainda querem permanecer nela, nivelando alunos por demanda, porcentagens, contagens e não por esforço, capacidade, dedicação, dom, ou seja, lá o que for...
Outra coisa absurda é: Professor virou educador... NÃO SOU EDUCADORA, sou
P-R-O-F-E-S-SO-R-A, ou seja, uma pessoa formada para lecionar, ou seja, para orientar, expor problemas e possíveis resoluções, compreendê-los e monitorar um espaço livre para experimentar!
O mais importante de tudo é que cada um possui o seu ritmo, as suas vivências, o seu meio ou completo termo de sentir-se acolhido e compreendido.
Penso que o espaço da escola é este, em primeiro lugar. Não posso afirmar aqui que os professores mais gabaritados ou mais sistemáticos foram os meus melhores e sim os mais sensibilizados em saber de questões mais eticamente críticas, mostrando sua visão do mundo em que vivemos nos levando a realidade a qual temos o dever de nos preparar pelo menos. Sou a favor da pedagogia da minha avó, onde o respeito se impunha através do respeito, das dificuldades econômicas e emocionais, assim como o ser humano é e não como ele quer ser e nunca será. Sem Photoshop, e sim com rasuras a mostra de acabamentos no passo-a-passo.
Professores só conseguirão chegar aos alunos se tentarem visualizar o que eles pensam, gostam ou consomem. Caso contrário, tudo se tornará mais difícil ainda.
É necessário caminhar na frente e continuar estudando, pesquisando, comunicando e interagindo.
Vejo uma constante divergência entre os mundos infantil- adolescente-adulto-adultescente- ser humano- hipócritas- mascarados e uma infinidade de mundos, mas que acabam no mesmo lugar...

AULA EXPERIMENTAL PARA CURTA METRAGEM
Prof.ª Márcia Turma 2107 – FAETEC SANTA CRUZ

Primeiro momento:
A proposta é elaborar um roteiro, escolher os personagens e improvisar as falas. A turma inteira participou com sugestões e comecei a escrever o roteiro no quadro dividindo-o em cenas. Pedi para que o curta tivesse quatro personagens e os alunos escolheram os nomes. Escolhi os alunos para a atividade e liguei a câmera. Obs.: A câmera usada foi uma digital CANON que tenho, já que é um exercício, mas para os curtas que serão produzidos para o Festival, pretendo usar uma melhor se possível para uma melhor definição das imagens.

Segundo momento:

Marcações Fizemos uma marcação a cada cena que fosse feita e orientei os alunos.
1ª. Cena- O casal está em um restaurante conversando e trocando olhares apaixonados.
2ª. Cena- Mãe e filha entram no restaurante.
3ª. Cena- Mãe e filha conversam e decidem se vão contar ou não a verdade.
4ª. Cena- Mãe, filha e Mário (o traidor) se entreolham. Elas o condenam e ele primeiro se assusta, fica aflito e sem graça.
5ª. Cena- Elas se aproximam do casal e todos se apresentam, quando a mãe pergunta para Abigail se ela sabe quem ela é (a filha) e conta que é filha dele.
6ª. Cena- A filha questiona o pai (Mário).
7ª. Cena- Mário resolve escolher a mulher e a filha. 8ª. Cena- Seqüência do sofrimento de Abigail.
9ª. Cena- Abigail dá a volta por cima e tem um novo namorado.
10ª. Cena- O novo casal caminha pela rua (no caso, na sala de aula) e passam por Mário, que está sozinho.
11ª. Cena- O antigo casal (Mário e Abigail) se olha. 12ª. Cena- Mário caminha sozinho e culpado. 13ª. Cena- Mário se recorda da antiga namorada. As filmagens foram feitas com cortes e closes. Como nas primeiras cenas a montagem foi essencial para dar sentido à trama, não foi necessário o silêncio da turma, que ajudou a coordenar as expressões dos alunos-atores. Nas outras cenas, onde existe o questionamento da filha e a defesa de Mário, precisei de silêncio para o diálogo (o áudio não está perfeito, mas como 1º. exercício até que eles foram bem).
Na edição, compilei algumas imagens externas, como a do restaurante (como se o casal estivesse entrando nele) e o trajeto até o mesmo feito por mãe e filha. No editor de vídeo movie maker, usei o tom sépia para dar um equilíbrio nas imagens, já que foram realizadas de forma diferente e aproveitei os cortes como ‘make of’ anexado aos créditos finais, com as vozes na íntegra e fundo musical. As músicas foram compiladas do CD ‘ O melhor do Cinema’, com coletâneas orquestradas de filmes ganhadores do Oscar como ‘TERMS OF ENDEARMENT’, em português ‘LAÇOS DE TERNURA’, de M. Gore, ‘EMPIRE STRIKES BACK THEME’ ou ‘O IMPÉRIO CONTRA ATACA’, de J. William e ‘ROCKY’S REWARD’ ou ROCKY I, de B. Conti. É essencial que a teoria esteja aliada a prática. Como são dois tempos de aula, nos primeiros 50 minutos, faço um panorama com história do cinema e regras técnicas contidas no livro ‘O mundo em movimento’, de Inácio Araújo. Vale à pena ressaltar que a organização da aula experimental somando o tempo de edição foi realizada em cinco ou seis horas.
A aula de 50 min. do segundo tempo e o período de edição no movie maker com variação de quatro a cinco horas.